Texto por: Serasa Experian (adaptado)
Cumprir as obrigações fiscais, por vezes, pode parecer ser complexo. Mas, com o planejamento tributário é possível facilitar essas atividades e deixar tudo mais simples. Essa ferramenta possibilita a reduzir os tributos e manter o crescimento da empresa de forma legal.
O que é o planejamento tributário?
O planejamento tributário, também conhecido como elisão fiscal, é um conjunto de estratégias, análises e estudos feitos visando reduzir a carga de impostos legalmente. Essas ações são desenvolvidas principalmente por contadores, os quais devem avaliar as características do negócio para orientar as decisões. Todas as ações dizem respeito aos tributos e impostos da organização.
Além desses estudos e da criação de estratégias, o planejamento tributário envolve a gestão do pagamento desses valores, mantendo as obrigações fiscais organizadas. Ou seja, cabe ao responsável por essa organização entender as limitações previstas na lei e escolher o regime de tributação mais favorável para a empresa.
Quais são os tipos de planejamento tributário?
Existem tem três formas principais de planejamento tributário: o operacional, estratégico e o tático. Para realizar a escolha, é necessário conhecer profundamente a estrutura e os setores da organização. Afinal, as informações orientam as tomadas de decisão. Conheça cada um deles:
– Operacional
No planejamento tributário operacional, o foco está na escrituração. Ou seja, evitar gastos desnecessários com o não pagamento das tributações, com juros e multas. Geralmente, é preciso realizar a organização dos tributos a serem pagos os próximos 3 a 6 meses, levantando todos os valores que devem ser quitados nesse período.
As datas limite são identificadas e organizadas na rotina para nenhum pagamento ser esquecido e ficar de fora. Assim como os valores são organizados previamente, o dinheiro também é separado com antecedência. Além disso, as responsabilidades de todos os envolvidos e recursos necessários também são listados.
– Estratégico
Já o planejamento estratégico é desenvolvido com ações pensadas para os benefícios a longo prazo para a organização, protegendo o futuro do negócio. Engloba um período de 5 a 10 anos e, por ser um tempo extenso, não é tão detalhado como o operacional. Além disso, exige revisões e alterações constantes, pois pode se tornar obsoleto com o tempo.
Esse tipo de organização considera a visão, missão e os valores da empresa. Dessa forma, são determinadas questões como a definição do regime de tributação ideal, os incentivos fiscais que serão utilizados e os profissionais que irão participar das decisões financeiras da organização.
Vale ressaltar que os planejamentos tributários operacional e estratégico devem sempre andar juntos, não anulando a presença um do outro. Ou seja, antes de realizar um documento de curto prazo, é preciso definir as prioridades a longo prazo.
– Tático
Como vimos, o planejamento operacional está ligado com as metas a curto prazo e o estratégico com o longo prazo. Já o tático relaciona-se com os objetivos a médio prazo, ou seja, um período de 1 a 3 anos. Esse modelo de organização ajuda a complementar os estudos dos outros dois tipos.
De modo geral, ele ajuda a criar táticas a partir da visão global do planejamento estratégico, mas com ações voltadas para as variadas áreas da empresa. Ou seja, são desenvolvidas as ações que os setores devem realizar para alcançar o objetivo geral do negócio.
Como funciona o planejamento tributário?
Conforme comentado anteriormente, esse planejamento está ligado com o desenvolvimento de ações para reduzir, adiantar ou eliminar as tributações de uma empresa. O objetivo é pagar os impostos da forma mais simplificada possível, e quanto possível tomar vantagem desse sistema. Tudo isso através da organização de medidas administrativas e executivas.
Como fazer o planejamento tributário?
O planejamento tributário pode ser realizado em empresas de diversos portes e a verdade é que não é tão complicado quanto parece. Para te ajudar a compreender melhor o que deve ser feito, preparamos algumas dicas. Confira:
– Colete dados
Todas as atividades desenvolvidas em uma empresa devem ter uma base de informações verdadeiras, e não ter as ações desenvolvidas com base em “achismos”. Por isso, defina todas as etapas e variáveis que podem afetar as atividades tributárias da empresa. Entre os dados coletados devem estar:
- Faturamento anual da empresa;
- Local das vendas ou da prestação de serviços;
- Descrição das atividades realizadas pela organização;
- Todas as despesas operacionais e pessoais (como a folha de pagamento);
- Investimentos e todas as fontes de recurso da empresa;
- Quadro societário completo;
- Margens de lucro conforme a atividade econômica.
– Faça a análise da natureza jurídica
A natureza jurídica diz respeito ao formato legal da empresa. Cada tipo possui suas características e imposições legais, ou seja, são propícias para um regime tributário específico. Por isso, é necessário analisar esse ponto antes de desenvolver o plano de ação. Atualmente existem mais de 25 formatos, entre eles estão:
- Sociedade anônima;
- Sociedade limitada (Ltda.);
- Microempresa (ME);
- Microempreendedor individual (MEI);
- Empresário Individual (EI).
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– Escolha o regime tributário ideal
Os regimes de tributação representam a forma de recolhimento de impostos que a empresa deve seguir. Os mais utilizados são o Simples Nacional, Lucro Presumido e o Lucro Real. Cada um possui suas próprias especificações para participar, e escolher corretamente é essencial para evitar problemas com a Receita Federal e para evitar gastos desnecessários.
Se você deseja conhecer melhor cada um dos regimes tributários citados, confira o post que preparamos para você com todos os detalhes!
– Elabore seu plano
Após as análises anteriores, está na hora de desenvolver seu plano de ação e entender como a empresa irá atuar em seu cenário tributário. Esse é o momento onde os objetivos e metas devem ser explicitado e as formas de alcançá-los também.
Por isso, determine os prazos, cronograma (com data de início e fim), investimentos necessários (tanto financeiro quanto de mão de obra) e outros fatores relacionados.
– Faça avaliações contínuas
Todos os anos processos são atualizados e leis mudam. Por isso, mantenha-se atento e atualizado com todas as novidades, além de realizar revisões periódicas em seu planejamento. Essas inspeções tornam seu projeto atual e correspondente à realidade da empresa.
Erros comuns ao realizar o Planejamento Tributário
Planejamentos errados podem causar impactos seríssimos a curto, médio e longo prazo para as organizações. Existem diversos erros frequentemente cometidos que acabam ocasionando essas situações. Confira quais são:
- Deixar de criar um plano conservador que controla os resultados medianos e arrojados;
- Não checar os status das operações para se certificar de que o andamento das tarefas estão seguindo corretamente;
- Errar na escolha do regime de tributação pode fazer com que a empresa tenha consequências financeiras negativas ao ter que pagar impostos altos;
- Falhar na conciliação bancária e não apurar as entradas e saídas;
- Fazer o planejamento de apenas uma parte dos impostos e não do todo;
- Não prever o crescimento da empresa e aderir ao regime errado.
Texto por: Serasa Experian (adaptado)
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